Do inferno para a felicidade - Capítulo 30

Tatiana: Tá! Eu posso dar dinheiro... Mas me devolve a minha filha, pelo amor de Deus!
XxXx: Ok. Vamos trocar ela pelo o dinheiro. Me encontre no posto abandonado da estrada. Tenho certeza que você sabe qual é. E não chame a polícia!
Tatiana: Quando e quanto você quer?
XxXx: Amanhã! Às 14hrs. Quero 50 mil dólares.
Tatiana: Vou estar lá.

E o sequestrador desligou.

XxXx: Sua mamãezinha vai me dar dinheiro por você. Está com saudade dela?

Fiquei calada.

XxXx: Não vai me responder, gata?

Ele foi chegando mais perto do meu rosto, para me beijar. Cuspi no rosto dele.

XxXx: Então é assim? Tá querendo morrer?
Carol: Não vou beijar você. Me mate então e fique sem dinheiro...
XxXx: Espertinha... Verdade. Não irei te matar, ficaria sem 50 mil dólares. O que seria deprimente...

-Isa POV-

Isa: E aí? -perguntei nervosa
Tatiana: Ele disse que trocará ela por dinheiro. 50 mil dólares. Amanhã.
Isa: 50 mil dólares? Isso é muito dinheiro!
Tatiana: Eu sei! Mas ela é minha filha. Vendo tudo se for preciso...
Isa: Você tem razão. Se quiser dinheiro, eu posso dar também. Não tenho muito, mas...
Tatiana: Não precisa, você...
Isa: Mas eu vou com você lá amanhã. -cortei-a
Tatiana: Não! Sua mãe me mataria. Ele deve estar armado, ou sei lá o que.

De certo modo ela está certa, mas não posso deixar de ir.

Isa: Ok... -menti

Eu ia dar um jeito. Nem que eu fosse no teto do carro.

Tatiana: Você ligou pro Chris?
Isa: Não. Eu tava indo ligar, mas ele tá no hospital com o pai dele. Não acho deveria dar outra notícia ruim a ele...
Tatiana: Tem razão. Vá pra casa agora. Já está tarde.
Isa: Tá. -peguei minha bolsa e saí

Amanhã, vou acordar cedo e me esconder no carro dela... Não sei o que vou fazer. Mas vou lá de qualquer jeito!

                    ***

Acordei e troquei de roupa. Era 13h. Saí correndo para a casa da Carol.

Cheguei lá e vi a mãe dela trancando a casa. Quando ela abriu o carro, corri e me escondi na mala.

Ficamos mais ou menos meia hora no carro indo para o posto. Quando ela parou o carro, saí da mala e fiquei escondida do lado do carro. Haviam policiais disfarçados perto do posto.

Vi um homem saindo da loja de conveniência do posto. Ele estava trazendo a Carol. Ela estava amarrada nos pulsos e com uma fita adesiva na boca. Tia Tati estava com uma maleta na mão.

Cheguei mais perto para ouvir a conversa.

XxXx: Vejo que trouxe uma outra menina... -disse apontando a arma que estava na mão dele para mim
Tatiana: O que você tá fazendo aqui?
XxXx: Vem aqui! Agora!

Fui andando até ele.

XxXx: Foi só ela que você trouxe?
Tatiana: Eu nem sabia que ela tinha vindo.
XxXx: Só ela que veio?
Tatiana: Sim. Agora me dê a minha filha! -disse esticando os braços e segurando na Carol
XxXx: Calma! -tirou as mãos da tia Tati da Carol- Cadê o dinheiro?
Tatiana: Aqui. -entregou a maleta pra ele, que empurrou a Carol pra nossa direção- Vai pro carro.

Enquanto nós íamos pro carro, o sequestrador abriu a maleta. Havia dinheiro, porém era falso.

XxXx: Vocês estão bricando comigo?

Os policiais apareceram e apontaram as armas para o sequestrador.

XxXx: Vocês! -falou com a gente- Paradas!
Tatiana: Meninas, entrem no carro.
XxXx: Eu disse paradas!
Tatiana: Deixa elas entrarem. Eu fico aqui.
XxXx: O que foi que eu disse sobre trazer policiais? Quero a menina que está amarrada ao seu lado. Vai! Manda ela sair!

Carol saiu do carro e eu entrei no carro blindado dos policiais.

XxXx: Cadê o dinheiro?

Ninguém respondeu.

XxXx: Cadê o dinheiro? -gritou irritado e começou a atirar para cima

-Carol POV-

Minha mãe me abraçou o mais forte possível.

XxXx: Eu disse que não era pra trazer policias. -veio andando em nossa direção e atirou

A bala entrou na minha perna. Senti uma dor imensa. Não conseguia parar de gritar. Enquando gritava, os policiais atiravam no sequestrador, que caiu no chão. Saia sangue, muito sangue da minha perna. Me joguei no chão. Não conseguia me mexer. Deitei e gritei ainda mais.

Isa saiu do carro.

Isa: Alguém faz alguma coisa! -ela pegou o celular e ligou pra emergência- Pelo amor de Deus! Venham no posto abandonado da estrada. Uma menina foi baleada. Venham rápido!

Todos choravam. E eu ainda mais que todos. Não conseguia mais sentir minha perna. Segurei a mão da minha mãe, que não estava ferida, e apertei.

Tatiana: Vai ficar tudo bem, filha.

A ambulância chegou uns minutos depois e me colocaram rapidamente dentro do veículo.

Desmaiei.

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Cara, fiquei com dó de mim nesse capítulo. Sério. Que coisa horrível que eu criei! AUHAUSHAU