quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 11

Logo quando desci do ônibus, vi o Chris encostado na parede da entrada da escola.

Carol: Oi. -não sabia se dava um selinho nele, ou não.
Chris: Oi. Pode um selinho agora?
Carol: Pode. -sorri e dei um selinho nele- Então? Qual é a surpresa?
Chris: Que surpresa?
Carol: A que você disse que ia ter. Que tava no bilhete que você deixou lá em casa.
Chris: Que bilhete? -se fez de desentendido
Carol: Christian Beadles, eu não sou louca! Tinha surpresa escrito no bilhete! Fala logo!
Chris: Tá, calma. Não precisa falar nome e sobrenome. -riu
Carol: Então fala logo poxa. Para de enrolar.
Chris: Ah, tá preparada pro teste de história hoje? Acho melhor você estudar um pouco mais né. Pra garantir. -e saiu
Carol: Christian, aonde você vai? Cadê a suspresa? CHRISTIAN! -ele foi se afastando e eu fui falando cada vez mais alto

Como assim estudar? Mais? Eu estudei a semana toda pra esse teste. Menos ontem... Ele tem razão. Vou dar uma olhada. O que é que custa? -pensei

Abri o livro no capítulo 12; Primeira Guerra Mundial. Quando fui começar a ler a matéria, vi um bilhete dobradinho no meio do livro.

"Vem aqui nosso canto secreto. Tô te esperando. Christian." -estava escrito

Meu Deus! O que esse menino tá fazendo? -pensei

Fechei o livro e fui direto pro "nosso canto secreto". Chamamos assim porque ninguém vai lá. (Não sei o motivo.)

Chris: Oi.
Carol: O que houve Chris? Primeiro tem uma surpresa, depois você quer que eu estude, e depois eu encontro um bilhete no livro. Que loucura é essa?
Chris: Achei que você quisesse saber da surpresa.
Carol: Quero. Me fala logo.

Ele segurou minha mãos.

Chris: Carol, você quer namorar comigo?

Nesse mesmo segundo, meus olhos começaram a brilhar. Não podia imaginar melhor surpresa que essa! Ó, meu Deus! O Christian, me pedindo em namoro... É um sonho? Ou o que?

Chris: E então?...
Carol: Claro que eu quero! -dei um selinho nele e o abracei.

Naquele momento, passou todos os momentos que eu presenciei naquele lugar. Todos os puxões de cabelo, os arranhões.. E aí, o Chris apareceu. Tudo mudou. A Jessica desapareceu. E agora, eu namoro com ele. Sim, é um sonho.

Carol: Sabe, fiquei com medo do que poderia ser essa surpresa.
Chris: Por que?
Carol: Sei lá. Pensei que poderia ser uma coisa boa pra você. Mas não pra mim.
Chris: Explica.
Carol: Pensei que você estivesse namorando alguém.
Chris: Eu estou. Né?
Carol: Tá Chris. -dei um tapinha nele- Mas é sério.. Alguém, como a Taís.
Chris: Eu não quero ela. Nunca mais! Quero você. -e me abraçou
Tiago: Oi. Desculpa interromper, Carol. Mas, você vai voltar hoje de ônibus? Se não for, eu posso ir com você a pé.
Chris: Quem é esse?

Posto o próximo com 3 comentários nesse.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 10

Passamos a tarde toda na praça. Conversando.

Carol: Tá escurecendo... Vamo embora?
Chris: Ah não. Fica aqui comigo linda. -passou seu braço pelas minhas costas e segurou minha cintura
Carol: Ficar aqui fazendo o que? Ser roubados? -deitei minha cabeça no ombro dele
Chris: Eu te protejo.
Carol: Eu sei que sim. -e olhei pra ele, bem dentro dos seus olhos

Nos beijamos. Não foi só um selinho agora. Foi um beijo. Ainda melhor que o selinho. Ele era perfeito. Paramos o beijo em selinhos.

Carol: Vamos agora?
Chris: Vamos. -segurou minha mão e entrelaçou seus dedos nos meus

Fomos andando até minha casa e quando chegamos, subimos pro meu quarto.

Chris: Cadê sua mãe?
Carol: Dormiu. -a porta do quarto dela tava um pouco aberta e eu fechei
Chris: Tô cansaaaaaaaaaado. -se jogou na minha cama
Carol: Awn, coitadinho... -sorri e deitei no seu lado, no seu ombro
Chris: Posso dormir aqui com você?
Carol: Por mim pode. Mas, não acho que minha mãe vá deixar...
Chris: Ela tá dormindo. E a gente não vai fazer nada, só dormir. No máximo isso... -me deu um selinho
Carol: Ok então Chris. Pode. -sorri

Ele começou a me beijar, me puxou mais pra perto dele e colocou a mão na minha cintura e foi descendo, mas tirei a mão dele.

Carol: No máximo um selinho né? -ri
Chris: Desculpa.
Carol: Se minha mãe visse isso, você não voltava aqui nunca mais. Tá, é exagero! Mas dormir, nem pensar!

Ele começou a fazer cafuné em mim e eu comecei a ficar com sono.

Carol: Você sabe que toda vez que você fizer isso, eu vou dormir né?
Chris: Não vou te estuprar não. Pode dormir se quiser.
Carol: Sei que não vai. Mas quero que durma junto comigo. -beijei ele na bochecha
Chris: Na bochecha?
Carol: A gente não tá namorando... Sei lá. E você terminou um namoro agora pouco...
Chris: E você não pode me beijar na boca por isso?
Carol: Por mim... Por mim eu posso.
Chris: Por mim também. -me beijou

Ficamos conversando mais um pouco e dormimos.

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No dia seguinte, acordei e o Chris não estava mais lá. Vi um bilhete na mesa ao lado da minha cama.

"Quis evitar problemas. Aqui e na minha casa e saí mais cedo.
Te encontro na escola. Beijos.
PS: Vai ter uma surpresa."

Surpresa? Ai meu Deus, que tipo de surpresa seria essa? Já não conseguia mais esperar.

Me arrumei o mais rápido que pude e nem tomei o café da manhã, praticamente.

Tatiana: Aonde você vai com tanta pressa?
Carol: Pra escola, ué.
Tatiana: Mas antigamente você fazia de tudo pra faltar. E agora quer chegar cedo?
Carol: Disse bem. Isso foi ANTIGAMENTE. -sorri e dei um beijo nela- Tchau mãe. Até depois da aula.
Tatiana: Tá. Boa aula.

Saí de casa e fui pro ponto de ônibus. Sentei, e comecei a ler um livro que havia pego na biblioteca.

Alguém sentou ao meu lado.

XxXx: Oi. Me chamo Tiago. E você?
Carol: Me chamo "eu não te conheço. tá puxando assunto por que?"
Tiago: Nome grande ein. -sorriu
Carol: haha -ri de deboche
Tiago: Tá mal humorada?
Carol: Não. Só não converso com pessoas que "conheço" no ponto de ônibus. Sei lá né.
Tiago: Eu estudo na mesma escola que você.
Carol: Entrou esse ano?
Tiago: Não. Estudo lá faz uns 6 anos.
Carol: Sério? ENTÃO POR QUE QUANDO EU PRECISEI VOCÊ NÃO FOI PERGUNTAR O MEU NOME? -me exaltei

Ele não entendeu nada.

Carol: Deixa eu explicar melhor. Por que quando a idiota da Jessica me atacava, me arranhava, você não foi perguntar o meu nome? Ou sei lá, mandar ela parar. Que seja..
Tiago: Eu só tava tentando ser legal.
Carol: Olha. -respirei fundo- Desculpa. Você tá certo. Eu tô sendo idiota. Meu nome é Carolina; Carol. Prazer.

O ônibus chegou e nós entramos. Ficamos conversando até chegar na escola.

Tiago: Vai voltar de ônibus?
Carol: Provavelmente.
Tiago: Então, ... A gente se vê na volta. Ou não. -riu

Posto o próximo capítulo com 3 comentários nesse (:

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 9

Ele me abraçou e eu fiquei deitada no seu ombro.

Carol: Que filme horrível. -tava passando "o grito"- Não gosto de filme de terror.
Chris: Pode trocar de canal. -me deu o controle
Carol: Posso colocar qualquer coisa?
Chris: Pode. Menos Barney né. E desenhos do tipo...
Carol: Poxa, não pode Barney? -zoei ele
Chris: Gracinha. -me beijou na bochecha
Carol: Ai, tá passando "Gossip girl". Adoro. Esse pode?
Chris: Pode. Tem sexo! -riu
Carol: Eita tarado. -ri
Chris: Como eu queria ser esse cara que tá transando com essa garota gata...
Carol: Christian! Deixa esses comentários pros seus amigos. Não precisa falar isso pra mim.
Chris: Desculpa. -começou a fazer cafuné em mim

E QUE CAFUNÉ DELICIOSO. Como eu queria beijar ele agora.

Carol: Esse seu cafuné tá me dando sono... -e bocejei e logo dormimos

Um tempo depois, acordamos com o celular dele tocando.

Chris: Oi, quem é? -atendeu

Percebi que tava toda agarrada nele e me afastei um pouco.

Chris: Vou ter que ir. -disse depois de desligar o celular
Carol: Ah, por que? -disse triste
Chris: Eu matei aula, de novo. Lembra? Se eu não for pra casa agora, minha mãe vai chegar. Ela disse que tá saindo do trabalho. E aí, castigo!
Carol: Ah tá. Então vai logo. Não quero que fique de castigo por minha causa...
Chris: Já vou, não precisa me expulsar.
Carol: Não tô expulsando. Você sabe que não.
Chris: Eu sei que não.

Ele veio se despedir de mim. E, adivinha? Ganhei um selinho! Foi o melhor selinho da minha vida. Tirando a parte que eu quase bati no Chris, foi tudo ótimo.

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No dia seguinte, acordei super feliz. Pra mim, aquilo não foi um selinho qualquer. Foi O SELINHO mais esperado da minha vida.

O telefone tocou. Minha mãe atendeu.

Tatiana: CAROOOOOOOOOOOOL, TELEFONE PRA VOCÊ. É SEU NAMO...AMIGO.

Atendi.

Carol: Alô.
Chris: Oi. Quer fazer o que hoje? Gostei do dia de ontem.
Carol: Eu também. Apesar da gente ter dormido quase a tarde toda. -ri- Você ouviu o que a minha mãe disse? Quando foi me chamar pra atender?
Chris: Só ouvi a parte do "CAROOOOOOOOOL". Por que?
Carol: Nada. Esquece. -ri
Chris: Mas então, quer fazer o que?
Chris: Posso passar aí?
Carol: Claro... -e ele desligou o telefone

Parecia estar com pressa.

Não sabia que roupa colocar. Se arrumava bastante, ou colocava uma roupa mais simples. Mas tinha que decidir logo, porque com a rapidez que ele desligou o telefone, ele deve estar vindo pra cá correndo. E, afinal, eu tô de pijama.

Tatiana: FILHAAAAAAAA,O CHRISTIAN TÁ AQUI. ELE PODE SUBIR?
Carol: Não mãe. Tô de pijama.
Chris: Vai logo! -gritou

Ainda estava indecisa sobre a roupa. Coloquei qualquer uma, e mandei ele subir. Qualquer coisa, eu troco.

Carol: Pode subir!
Chris: Oi. -ele abriu e porta e deitou na minha cama
Carol: Aonde a gente vai? Pra eu trocar de roupa.
Chris: Essa roupa tá boa. Vem.
Carol: Chris, essa roupa é muito velha! Eu não vou assim não... Diz aonde a gente vai, por favor. -sorri
Chris: Eu não sei. -riu- Aonde quer ir?
Carol: Podemos ir na praça aqui na frente, daí depois a gente decide. Ok?
Chris: Ok.
Carol: Agora sai que eu vou mudar de roupa. -e ele saiu

Troquei de roupa bem rápido, queria ir pra praça logo com ele.

Carol: Tô pronta. -disse descendo as escadas
Chris: Demorou ein?
Tatiana: Acostume-se.
Carol: Mãe!
Tatiana: É verdade...
Carol: Vamos logo. Não escuta ela. -ri- Tchau mãe! -dei um beijo nela e saímos
Chris: Tchau tia. -fechei a porta
Carol: Vem logo. Não aguentava mais ficar em casa.

Fomos andando até a praça que ficava perto de casa.

POSTO A PRÓXIMA QUANDO ESSA TIVER 3 COMENTÁRIOS.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 8

Passamos a aula de geografia inteira conversando, discretamente. Odiamos geografia, ué.

Na hora do almoço, antes de entrar na cantina, abri a porta e procurei a Jessica. Não queria tomar banho de comida hoje.

Carol: Estranho. Não vi a Jessica hoje... Essa hora, ela já teria me espancado umas 2 vezes. -disse entrando na cantina
Chris: Ela foi suspensa.
Carol: Sério? Tá brincando né. -fez que não com a cabeça- Por quanto tempo?
Chris: Até o fim da semana.
Carol: Um pouco de paz! -disse agradecendo- Mas, foi por causa do que aconteceu? Quando ela agarrou seu braço?
Chris: Uhun. -disse se achando
Carol: Metido. -ri- Pelo menos vou chegar em casa limpa né.
Chris: É a primeira garota que conheço que toma banho de comida na escola. Minha namorada conhece uma garota que já tomou banho de comida também...
Carol: Sua o que? -disse decepcionada
Chris: Minha namorada.
Carol: Você... não me falou que tinha uma.
Chris: Ah, desculpa. O nome dela é Taís. Não achei que você fosse querer ouvir sobre ela. Ela estuda na minha antiga escola...

Por isso ele desviou do selinho no hospital. Que legal. O primeiro namorado que eu poderia ter naquele lugar acabou de dizer que tem namorada. Morri por dentro. É, eu estava apaixonada por ele.

Carol: Chris, eu vou ali no banheiro. Caiu alguma coisa no meu olho. -disse inventando uma desculpa porque meu olho estava cheio d'água

Saí correndo pro banheiro, entrei numa cabine e comecei a chorar. Chorei o máximo que pude. Como se quisesse gastar todas as gotas de água existentes em mim para não chorar na frente dele... Não acredito que ele tem namorada. E eu achando que ele estava ficando afim de mim. Fui uma idiota. Uma total idiota.

Comecei a passar mal de novo, mas nada saía de mim. Enfiei meu dedo na garganta e assim saiu. Não estava aguetando. Aquela dor estava me corrompendo. Eu estava realmente muito apaixonada por ele.
Perdidamente apaixonada.

Saí da cabine, limpei minhas lágrimas e a maquiagem borrada e voltei pra cantina.

Chris: Demorou... Você tá pálida. Vomitou de novo?
Carol: Sim. -disse abaixando a cabeça
Chris: Passou mal? Quer ir na enfermaria?

Não queria contar a ele que enfiei o dedo na garganta. Enfiei pra tirar tudo de dentro de mim. Como uma pessoa com bulimia faz.

Carol: Eu já tô bem... -menti

Não estava nada bem. A todo momento que olhava pra ele, lembrava que ele tinha namorada. E isso doía. Muito.

Carol: Chris, eu vou lá pra sala tá?
Chris: Já? Ainda faltam 20 minutos. Qual é sua aula agora?
Carol: Sociologia. -disse já indo embora

Mudança de humor total. Não podia ficar mais ao lado dele. Ia chorar a qualquer momento. Fui pra sala e comecei a ler a matéria de geografia, já que não tinha prestado atenção à explicação na aula.
10 minutos depois, notei a presença dele na porta. Fingi que não vi. Não queria falar com ele. Só no dia seguinte.

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No dia seguinte, acordei e minha havia deixado um bilhete na mesa que fica ao lado da minha cama. Dizendo que havia saído mais cedo pro trabalho e que só voltaria a noite. Aproveitei isso e resolvi matar aula. Pelo menos as duas primeiras aulas. Ainda não estava preparada pra olhar ou conversar com o Chris.
Mas, acredite se quiser, uma hora depois ele apareceu lá em casa.

Carol: Oi. -disse abrindo a porta
Chris: Oi. Por que não foi a aula? Tá passando mal de novo?
Carol: Não. Esquece isso. Eu não passo mal todo dia. -fui grossa
Chris: O que houve com você?
Carol: Nada. -me joguei no sofá e uma lágrima caiu
Chris: Aconteceu sim. O que foi?
Carol: Nada. E você? Tá fazendo o que aqui?
Chris: Matei aula. Você não foi. Vim te ver. Ver se você tá bem...
Carol: Ok, agora já pode ir. Já viu que eu tô bem.
Chris: Carol, eu fiz alguma coisa com você? Por que você tá falando comigo assim?
Carol: Nada Christian! -caíram mais lágrimas
Chris: O que eu te fiz?
Carol: Você e sua namorada Taís fizeram.
Chris: Você conhece a Taís?
Carol: Não Christian. Vai embora. Por favor.
Chris: Vou ficar esperando aqui fora. Até você se acalmar. -saiu
Carol: Tá, vai... -e fechei a porta

3 horas depois e ele ainda estava esperando. Não sei porquê. Se ele fosse procurar a namoradinha, teria mais o que fazer. Eu nem sei o que ele tá arrumando pra fazer. Coitado. 3 horas... Resolvi ir falar com ele. Já estava mais calma.

Carol: Ei. -abri a porta

Ele se levantou e eu o abracei o mais forte que eu pude.

Carol: Me desculpa. Eu não devia ter te tratado daquele jeito. Me perdoa? Por favor.

Não queria soltar ele. Nunca mais.

Chris: Claro que eu perdôo. Essas coisas acontecem.

Ele era tão compreensivo. Depois do escândalo que eu dei, ele aceita minhas desculpas. Que inveja dessa Taís!

Carol: Entra. -sentei no sofá
Chris: O que foi que aconteceu? -sentou do meu lado
Carol: Se importa se a gente não falar desse assunto?
Chris: Tá.
Carol: Então, o que me conta? -dei um sorriso falso, já que estava triste por culpa da Taís
Chris: Terminei com a Taís.
Carol: O que? -arregalei os olhos
Chris: Terminei com a Taís.
Carol: Isso eu já entendi. Mas, por que?
Chris: Ela, me traiu.

Que vaca! Se minha mãe pode querer espancar a Jessica, eu posso querer espancar a Taís também. É claro.

Carol: Como? Como ela pode?
Chris: Ela disse que foi "sem querer". Que não me via faz muito tempo e que tava com vontade de matar a vontade de fazer sexo.

Mil vezes vaca!- pensei

Chris: Mas, mudando de assunto... Vamos sair? Fazer alguma coisa?
Carol: Pra falar a verdade, eu prefiro ficar aqui.
Chris: Tá. Tudo bem. Posso ficar aqui também?
Carol: Pode. Vem aqui no meu quarto, no computador.

Subimos a escada e fomos até o meu quarto.

Carol: Tô cansaaaada. -me joguei na cama- Pode ligar o computador.
Chris: Não quero.
Carol: Quer fazer o que?
Chris: Quero ver TV. -deitou do meu lado e ficamos vendo TV

PS: Eu disse que estava maior... (:


Posto o próximo com 3 comentários! *-*

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 7

No dia seguinte, acordei em casa e minha mãe veio logo falar comigo.

Tatiana: Filha, o que é esse machucado no seu braço?

Era o arranhão que a Jessica havia feito em mim.

Carol: Ah, não sei mãe. Deve ter sido quando eu caí ontem.
Tatiana: Não. Já tá quase desaparecendo. Não pode ser. Tem cara de que foi bem feio. E de que não tem como você não ter percebido.
Carol: Ai. Tá mãe. Foi a Jessica. Ela me arranhou com a unha dela. Satisfeita?
Jessica: Eu vou espancar essa garota! Por que você não me contou?
Carol: Por causa das suas reações. Que no caso foi "Eu vou espancar essa garota!". E sabe, eu não tenho muita dúvida de que, se você puder ou tiver uma chance, vai fazer. Mas não faça.
Tatiana: Já falou com o diretor?
Carol: Depois de tanto tempo?
Tatiana: Foi quando?
Carol: No primeiro dia de aula.
Tatiana: Você escondeu isso de mim?
Carol: É. Desculpa.
Tatiana: Depois a gente resolve isso. Vai pra escola, se não vai chegar atrasada. O seu segurança vai te proteger. -riu
Carol: Af mãe. -saí

Cheguei na escola e o Chris estava me esperando na porta da escola.

Chris: Oi. Tá melhor hoje?
Carol: Com certeza. Pior que ontem impossível. Mas tô bem. Ótima na verdade. Tirando que minha mãe viu o arranhão no meu braço...
Chris: E aí?
Carol: Ela disse "Eu vou espancar essa garota!"
Chris: Ela não vai fazer nada.
Carol: Eu não duvido muito das ações loucas da minha mãe não...

Sinal tocou.

Chris: Qual é sua primeira aula?
Carol: Física e a sua?
Chris: Química.
Carol: Te encontro na segunda aula então. Geografia. Droga! Odeio geografia.
Chris: Eu também... Te vejo depois. -me deu um beijo na bochecha e foi pra aula

E eu fiz o mesmo. Fui pra minha aula.

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PS: Eu sei, esse cap. tá muuuuuuuuuito pequeno, então eu vou dar um jeitinho aqui pra aumentar os outros. Desculpa.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 6

No dia seguinte, acordei me sentindo mal. Com vontade de vomitar. Não aguentei e fui pro banheiro e vomitei.

Tatiana: O que houve filha?
Carol: Tô passando mal. Só isso. Já vou me arrumar.

Comecei a ficar tonta e desmaiei.

Acordei com a minha mãe e o Chris do meu lado, num hospital.

Carol: O que aconteceu?
Tatiana: Você tava passando mal e desmaiou. Eu vou ali fora avisar pra enfermeira que você acordou. -e saiu
Carol: Como você chegou aqui?
Chris: Se você quiser, eu vou embora.
Carol: Não. Fica. Por favor. -disse por impulso
Chris: Eu não ia sair nem que você quisesse. -"awn", pensei
Carol: Obrigada... Mas, me responde. Como você chegou aqui?
Chris: Eu fui pra escola, não te encontrei, daí liguei pra sua casa e sua mãe disse que passou mal, desmaiou e que tava aqui.

Que lindo. Ele lembrou de mim. Tá, eu era a única pessoa que ele conhecia lá. Por isso lembrou. Mas, mesmo assim, ele é lindo demais, qualquer garota daquela escola pularia em cima dele. Aquelas piranhas.

Chris: Então? Tá se sentindo melhor? -a enfermeira chegou
Enfermeira: Quero saber o mesmo. -sorriu
Carol: Estou sim. Bem melhor! -e sorri para o Chris
Enfermeira: Você deve ficar mais aqui. Mais ou menos 2 horas. Depois, pode ir.
Carol: Ok. Obrigada.
Tatiana: Filha, eu vou ter que ir ali na rua, pra comprar logo os remédios que o médico receitou pra depois irmos direto pra casa. Tá? Se importa de ficar com o Christian aí?
Carol: Claro que não. -sorri com o olhar

Na verdade, eu ficaria o resto da minha vida ali no hospital, se o Chris ficasse comigo. Ok, devo estar loucamente apaixonada. Será?

Chris: Vou ali no banheiro. É rápido, tá? Quer alguma coisa? Água?..
Carol: Não, obrigada.
Chris: Já volto.

5 minutos depois.

Chris: Pronto.
Carol: Não foi rápido.
Chris: Desculpa.
Carol: Não precisa se desculpar.

O celular do Chris tocou.

Chris: Alô. -e foi se afastando. Falou uns 2 minutos no celular e desligou- Carol, eu vou ter que ir. A diretora da escola ligou lá pra casa e perguntou porque eu faltei aula. E bom, minha mãe não sabia... Vou só esperar sua mãe voltar e vou, tá?
Carol: Tá né... -disse já triste
Tatiana: Cheguei.
Carol: Já? -fiz cara triste
Tatiana: Nem sentiu minha falta né. Também, com um menino lindo desse aqui... Vocês não ficaram se beijando enquanto eu estava fora não, né?
Carol: Mãe! -corei e o Chris riu
Chris: Carol, eu já vou. Se não, vai ser castigo na certa. -e veio se despedir de mim

Sabe quando você vai beijar alguém, na bochecha, mas as duas pessoas escolhem ir beijar do mesmo lado da bochecha e rola um selinho? É, isso quase aconteceu. Mas ele desviou. Ah :/

Chris: Tchau tia.
Tatiana: Tchau Christian. Obrigada por ter vindo. Se você quiser, eu ligo pra sua mãe e explico porque você faltou aula. -sorriu
Chris: Ok, obrigado. -e foi embora
Tatiana: Filha, se você quiser namorar ele, tá aprovado ein? Adorei ele. Muito simpático. E lindinho também.
Carol: Mãe, por favor né. Já me basta você ter perguntado se a gente ficou se beijando...
Tatiana: Como se você não beijasse ninguém...
Carol: Aqui? Não.

Minha mãe percebeu que era uma pergunta óbvia com resposta mais óbvia ainda.

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Posto o próximo com 3 comentários *-*

Mudança.

Oi gente.
Então, eu percebi que eu tô meio que postando pra fantasmas.
Quer dizer, exceto pela Marina (obrigada), que sempre comenta nos meus posts.
Então eu decidi que só vou postar o próximo capítulo quando tiver 3 comentários no anterior. (deu pra entender? não explico direito.. '-' )
É isso. E, se caso eu não conseguir os comentários, eu paro com a fic. :/ Ok?
Obrigada de novo Marina (:
Bjs.
PS: Se vocês puderem clicar em: Adorei, gostei ou ruim. Eu agradeço. Quer dizer, agradeço só se for no adorei ou no gostei. haha

domingo, 16 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 5

Entrei em casa.

Tatiana: Oi filha. E hoje como foi? Estou vendo um sorriso no seu rosto.
Carol: Foi ótimo mãe! Eu finalmente tenho um amigo! -ela veio e me abraçou

Ela ficou claramente feliz. Dava pra ver que ela sabia o que eu passava. Ela sabia o quão difícil era para mim, ter um amigo.

Tatiana: Que ótimo filha! Cadê ele?
Carol: Foi pra casa né mãe. Ele me trouxe até aqui e já foi.
Tatiana: Devia ter deixado ele entrar. Você almoçou na escola hoje? Ou melhor, vocês. -sorriu
Carol: Sim mãe. Almoçamos. Eu vou tomar banho tá?
Tatiana: Ok.

Subi e entrei no banheiro. Ouvi um barulho. Tinha recebido uma mensagem.

"Adorei te conhecer! Sempre que precisar, vou estar aí. É só chamar. Beijos, seu segurança."
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWN, que lindo! < Foi o que eu senti no momento que terminei de ler a mensagem.

Fui tomar banho e depois mexer no computador. Mais precisamente, ver se o Chris estava no Skype. E estava.

Fiquei conversando com ele durante horas. Afinal, era meu primero amigo lá. Havia anos que eu não passava horas no computador conversando. Mas precisamente, 3 anos. Parece pouco. Mas não é.

"Adorei sua mensagem." -mandei pra ele no Skype
"E como eu falei, adorei te conhecer." -ele me mandou

Tatiana: Filha, tá na hora de dormir!
Carol: Já mãe?
Tatiana: Já. Depois você conversa com o seu amigo, namorado, sei lá.
Carol: Amigo mãe. -ri

"Chris, eu já vou. Hora de dormir. Beijos." -enviei
"Ok linda. Boa noite."

O "linda" tocou meu coração. Será que é porque ele é meu primeiro amigo? Ou, estou me apaixonando por ele?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 4

Saímos do primeiro horário de aula. Tivemos mas 3 aulas juntos. Foi ótimo. Meu primeiro amigo na escola.
Depois de 3 anos.

Chris: Tá com fome? Eu quero almoçar.
Carol: Ah. Eu não sou do tipo que almoça. Sou do tipo que "veste" o almoço.
Chris: An? Como assim?

Na mesma hora, a Jessica jogou seu almoço em mim, de novo. E foi andando.

Carol: Assim... -uma lágrima caiu e eu sequei, para que a Jessica não visse
Chris: O que você pensa que tá fazendo? -gritou, fazendo com que a Jessica voltasse até nós
Jessica: Falou comigo?
Chris: Sim. Falei. Qual é o seu problema?
Jessica: Meu? Nenhum. Me deu vontade.
Chris: Deu vontade? -e jogou o seu almoço na Jessica- É que deu vontade.
Jessica: Eu vou arrancar seu braço muleque!
Chris: Tenta.

Jessica segurou o braço dele.

Carol: O que você tá fazendo? -sussurrei no ouvido do Chris
Chris: O diretor tá ali na porta, olhando. Ele não vai deixar. -respondeu

Jessica soltou um grito, como um aviso de que ia começar a "arrancar o braço" do Chris.

Diretor: Jessica Dell, na minha sala. Agora.

Ela soltou o braço do Chris e foi.

Chris: Eu disse. -ele sorriu e dei um abraço nele
Carol: Ai, desculpa. Eu tô toda suja. Esqueci.
Chris: Não tem problema.
Carol: Eu vou lá no banheiro me limpar.
Chris: Pode me mostrar onde é o banheiro masculino?
Carol: Claro. -sorri

Me limpei e saí do banheiro. O Chris estava me esperando.

Carol: Mas, por que você não veio aula passada?
Chris: É que eu fui transferido, e ontem meus pais estavam terminando de resolver isso. E não puder vir.
Carol: Ah tá.

Fomos nas outras duas aulas que faltavam pra acabar o dia e depois nos encontramos na porta da escola.

Chris: Onde você mora?
Carol: Eu não sei o nome da rua. Só sei ir até lá. -rimos
Chris: Posso ir andando com você? Eu te protejo. -riu
Carol: Claro, segurança. -sorri e ele retribuiu o sorriso
E fomos andando.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 3

Dia seguinte. A mesma vontade de ir à escola do dia anterior. Nenhuma. Mas tenho que ir. Me arrumei e saí.
Cheguei lá, andei pela escola o mais invisível possível. Não queria encontrar a Jessica de novo.

Carol: Desculpa, já tô pegando seus livros. Não precisa me bater. Já tô indo. -havia esbarrado em alguém e deixei seus livros cair
Chris: Ei, calma. Não vou te bater. Eu sou novo aqui. -levantei e entreguei os livros- Você sabe onde fica a aula de história?
Carol: Ah, é novo. Esquece tudo que eu falei então. A minha primeira aula é de história também. Vem comigo que eu te mostro.

Fomos andando.

Carol: Então, qual é seu nome?
Chris: Chrisitian. Mas, me chama de Chris. E o seu?
Carol: Carolina. Mas me chama de Carol. Na verdade, nem vai precisar, não vai lembrar de mim daqui umas semanas. -sussurrei a última frase
Chris: Quê?
Carol: Nada não.
Chris: Então, por que você pediu pra eu não te bater?
Carol: Longa história.
Chris: Você ainda tem o ano todo. Pode começar. -e sorriu- Quer dizer, só se você quiser, claro. Afinal, acabou de me conhecer...

Em todos os anos que estive nessa escola, ninguém nunca conversou comigo como ele. Talvez porque ele não saiba minha história ainda. Quando souber, talvez se afaste. Mas estava feliz. Finalmente tinha, um... Amigo? É, acho que sim. Ou quase.

Carol: Posso contar sim... É que, tem uma menina, a Jessica, que me chama de meia língua, porque não tenho o "sotaque" daqui. Sou do Brasil. E ela meio que pratica bullying comigo. Ontem, foi o pior dia. Ela já me bateu, mas foi de leve. Ontem, ela fez isso...
Chris: O que? -puxei ele num canto pra ninguém ver
Carol: Isso. -mostrei o arranhão, que ainda estava vermelho e ardendo
Chris: Ela fez isso? Sério? E seus amigos? Não fizeram nada.
Carol: Eu... -diminuí a altura da minha voz- não tenho amigos. Todos me chamam de meia língua. Eu sei, apelido idiota. Mas todos me chamam assim.
Chris: E você não contou pra ninguém?
Carol: Sobre o tapa que eu levei ano passado eu contei, pra minha mãe. Ela veio aqui na escola, mas como todos disseram que não viram, nada aconteceu. E sobre o arranhão, que foi ontem, não contei. Estou escondendo-o.
Chris: Por que?
Carol: Tenho medo da Jessica fazer pior que isso.
Chris: Agora é diferente.
Carol: O que? -ri
Chris: Agora você tem um amigo. Eu. E se ela for bater em você, vai ter que bater em mim primeiro. E bem, eu faço karatê. Não sou faixa preta, mas dá pro gasto.

Aquilo foi a melhor coisa que eu já ouvi de alguém. De um menino, da minha idade.

Carol: Só pelo "Agora você tem um amigo." eu já tô feliz. -sorri
Chris: Vamos pra aula? É aonde?
Carol: Aqui. -e entramos na sala.
As mesas eram para dois. Normalmente, ninguém senta comigo. Fico sozinha. As pessoas tem tipo, nojo de mim. Mas agora é diferente. Eu tenho um amiga. E consequentemente, uma dupla na mesa.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 2

A aula acabou. Rápido até. No almoço, tomei banho com a comida da Jessica, como ela havia dito.

Jessica: Meia língua, vem aqui.
Carol: O que foi? -disse com a cabeça baixa, ainda suja
Jessica: Fiquei sabendo que você falou mal de mim por aí. -não havia falado nada
Carol: Não. É mentira. -disse com medo
Jessica: Mentirosa! -gritou no meio do corredor

Todos olharam para ela, então ela agarrou meu rabo de cavalo e me puxou até a parte de fora da escola.

Carol: Ai, me solta! -gritei
Jessica: Só vou soltar quando você admitir que falou mal de mim! -disse visivelmente com raiva
Carol: Mas eu não fiz nada! -disse lacrimejando
Jessica: Fez sim! Não minta. Sua mãe não te ensinou que mentir é feio? -disse e me arranhou com suas unhas, propositalmente e me soltou
Carol: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAI! -saí correndo pra casa

Estava ardendo, muito. Ela é daquelas meninas bem masculinas, mas as unhas dela são imensas. Ela deve ter feito um buraco na minha pele. Ou quase isso.

Carol: Ai, vaca! -olhei para o arranhão, estava sangrando

Abri a porta de casa, devagar. Coloquei um casaco para o que não visse o arranhão, que era imenso.
Arrumei o cabelo, limpei minhas lágrimas e entrei.

Tatiana: Oi filha. Como foi a aula?
Carol: A mesma coisa de sempre. Sem amigos, sem felicidade. Nada.
Tatiana: Ai filha, não entrou ninguém novo?
Carol: Não sei. Nem vi.

E subi as escadas para o meu quarto, entrei no banheiro e tirei o casaco. Estava horrível, ardendo cada vez mais. Entrei no banho. Sabia que ia arder, mas precisava de um banho. Abri a água do chuveiro, e entrei.

Carol: Aiiiii! -tentei gritar baixo, pra minha mãe não ouvir. Escorreguei na parede e sentei no chão. Chorei. E voltei pro banho.

Desci as escadas, de casaco.

Carol: Hum, que cheiro bom!

O ambiente dentro da minha casa era diferente. Era o único lugar que eu me sentia segura, o único lugar que me sentia feliz.

Tatiana: Fiz lasanha. Seu prato favorito! Não almoçou na escola?
Carol: Obrigada mãe. -e a abracei- Não. Quis comer aqui com você.
Tatiana: Me conta filha. O que aconteceu hoje? Na aula?
Carol: Nada mãe. Só teve aula.
Tatiana: Filha, você não tá com calor não? O sol tá muito forte. Tira esse casaco.
Carol: Não mãe. Eu tô bem.
Tatiana: Tá com febre?
Carol: Não mãe. Só não tô com calor. Só isso.

PS: Desculpa ter levado anos pra postar, é que semana passada, o Justin tava aqui e tal né... s2 haha

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Do inferno para a felicidade - Capítulo 1

Me chamo Carolina, prefiro Carol. Só Carol. Tenho 16 anos. Moro em Atlanta, com a minha mãe. Meus pais são separados. Na verdade, sou brasileira. Mas quando meus pais brigaram e resolveram se separar, minha mãe veio morar aqui, já que tinha recebido uma oferta de emprego.

Apesar de desde pequena, sempre ter tido vontade de visitar Atlanta, hoje em dia odeio morar aqui. As pessoas não me tratam bem. Só pelo fato de que não sei falar inglês direito. Me esforço, mas não consigo. Não tenho jeito pra isso.

Já contei pra minha mãe. É contei. Contei que eles ficam me zoando, dizendo que eu tenho problemas na minha língua e que uma menina uma vez, me bateu no rosto; não contei que foi no rosto. Até hoje não sei porquê. Só porque eu não sei falar inglês direito? Se for, ninguém merece.

Eu sei que pra vir morar aqui, eu tenho que saber falar inglês. Mas, não é que eu não saiba. É só que eu não tenho o "sotaque" daqui. Tipo isso. Mas tive que vir. Minha mãe não estava mais aguentando o Brasil com o meu pai enchendo o saco dela. E a namorada do meu pai é chata demais. Então, chance nenhuma de que eu ia ficar lá com ele. Então vim.

Acordei. Primeiro dia de aula. Mais um ano. Mais inferno. Mais chance de ser espancada na escola, sem ninguém para me proteger.

Jessica: E aí meia língua? -esse é a Jessica e meia língua, é meu apelido. Eles dizem que eu não tenho a língua inteira, por isso não falo "normal". A Jessica é a durona da escola. A menina que me bateu.
Carol: Oi. -disse fria e com medo do que ela poderia fazer comigo
Jessica: Hoje, na hora do almoço, tá afim de tomar banho com a minha comida? Eu não tô com fome.
Carol: Hm. -não queria dizer nem sim nem não

E saí do corredor. O mais rápido possível, porém sem correr. Não queria expressar medo.

Fui na secretaria e peguei meus horários. Rezei umas 10 vezes, pra Jessica não ficar na minha turma. E entrei
na minha primeira aula, matemática. Eu adoro matemática.

Esse ano, por sorte, a Jessica não estava na minha turma. Ano passado ela estava, e apesar de adorar matemática, quase repeti na matéria.

Professor: Não vai sentar? -disse para mim, que estava parada na porta impedindo que os outros passassem
Carol: Vou sim. -e sentei
Professor: Esse ano nós vamos aprender bastante matéria. Suas vidas de estudantes estão quase acabando.
Então, já sabem né? Como hoje é o primeiro dia de aula, vou querer que todos falem os seus nomes. -e parei de prestar atenção

Comecei a fazer desenhos no meu caderno. Todos, do Brasil, diziam que eu desenho muito bem. Já fiz aula de desenho, mas hoje em dia não faço mais. Infelizmente. Seria a minha única alegria aqui.

Professor: Ei, e você? -disse para mim- Não vai me responder? - estava tão distraída, que nem percebi que ele estava falando comigo
XxXx: Professor, o nome dela é meia língua. -só aí percebi que era comigo e comecei a prestar atenção
Professor: Não admito apelidos na minha aula. Qual é o seu nome? -me perguntou de novo
Carol: Me chamo Carolina. -disse envergonhada

Não era daqueles que falava muito na aula. Ficava quieta a aula toda. Quando tinha dúvidas, esperava a aula acabar para perguntar. Nunca ouviam minha voz. Só no primeiro dia de aula, como hoje, para falar seus nomes.

PS: Desculpa por não ter entrado ontem, é que eu fui no aeroporto ver o Justin. E não vi ): Fazer o que né. Mas valeu a pena. haha Gostei de ir lá.

sábado, 1 de outubro de 2011

Aviso.

Já comecei a escrever a nova fic e vou postar o primeiro capítulo na segunda feira. Prontas? (:
É só isso. Espero que vocês gostem. Beijos.