quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Do inferno para a felicidade - Capítulo 38

Carol: Me diz o que você quer que eu faça?
Taís: Você tem amnésia?
Carol: Eu quero saber COMO! -dei ênfase em "como"
Taís: Isso é com você! Vale tudo! Mas tem que fazer eu voltar a ser amiga dele.
Carol: E vai desistir do Ryan?
Taís: O Ryan é mais fácil.
Carol: Não tenha tanta certeza...
Taís: É sim, muito fácil. -ela estava com cara de doente e colocou a faca no meu pescoço- Se você não conseguir, eu te mato. Pode ter certeza.
Carol: Eu vou conseguir! -disse nervosa e chorando com a faca no meu pescoço
Taís: Acho bom mesmo! -guardou a faca e começou a soltar os lençóis- Estou indo! -e saiu

Levantei da cadeira, ainda com medo dela estar na minha casa. Desci as escadas devagar. A vi do outro lado da rua e tranquei a porta. Subi correndo para o banheiro, vi minha blusa suada e entrei no chuveiro. Fiquei um tempo me molhando e absorvendo as palavras dela. "Vale tudo! Mas tem que fazer eu voltar a ser amiga dele." A voz dela dizendo: "Vale tudo!" não saía da minha cabeça.

Carol: É isso! -pensei- Se vale tudo, posso contar ao Chris o que aconteceu e pedir para ele ser amigo dela, ou pelo menos, fingir ser. -sorri por ter finalmente tido uma ideia sobre isso

Saí do banho, mais calma e deitei na cama, ainda de toalha.

Tatiana: Filha? Tá aí? -gritou
Carol: Tô, mãe! -tentei parecer normal, como se nada tivesse acontecido
Tatiana: Vem almoçar! Não vai dar para fazer comida. Mas eu trouxe uma lasanha de microondas... -gritou novamente
Carol: Já vou descer.

Entrei no meu closet e troquei de roupa. Desci.

Tatiana: Tá com fome?
Carol: Barriga roncando! -sorri
Tatiana: Ótimo! Senta aí na mesa.

Sentei. Ela colocou o prato na minha frente com lasanha e comecei a comer. Estava cheia de fome. Tudo aquilo que aconteceu, me deixou muito nervosa e esvaziou todo o meu estômago. Precisa comer.

Tatiana: Quer mais? Ainda tem um pouco... -levantei e peguei mais- Você comeu muito rápido! Não tomou café?
Carol: Não. Arrumei umas coisas lá no quarto. -lembrei que tinha que colocar os lençóis na máquina de lavar
Tatiana: Filha, tem alguma coisa pra lavar no seu quarto?
Carol: Tem uns lençóis. Depois eu pego.
Tatiana: Lençóis? Vários?
Carol: É porque eu estava com frio a noite e não achei o edredom. Então, usei vários lençóis...
Tatiana: Tinha que ser você, Carol... -riu

Terminei de almoçar e subi para o meu quarto. Peguei os lençóis e coloquei eles dentro da máquina de lavar.
Eram 3. Peguei meu celular e liguei para o Chris.

Chris: Oi, minha linda.
Carol: Chris, você tá em casa? Tá ocupado? Tem como eu ir para casa? Eu preciso falar com você! Ou então, você pode vir aqui... -falei rapidamente
Chris: Carol! -disse me fazendo parar de falar
Carol: Que?
Chris: Calma! -riu- Sim, eu tô em casa. E sim, você pode vir aqui. O que houve?
Carol: Quando eu chegar aí eu te conto. Tô indo.

Desci as escadas.

Carol: Mãe, vou na casa do Chris, tá?
Tatiana: Colocou os lençóis que você falou para lavar?
Carol: Já.
Tatiana: Então tá.
Carol: Beijo, mãe. -saí

Entrei na casa do Chris, com pressa.

Carol: Oi, linda. -falei com a Caitlin, que abriu a porta
Caitlin: Oi Carol! Tem como você pintar as minhas unhas? As suas estão lindas!
Carol: Obrigada! Eu só vou falar uma coisa importante com seu irmão e já volto para pintá-las...
Caitlin: Obrigada. -subi as escadas
Carol: Chris? -bati na porta do quarto dele
Chris: Você não precisa bater. Sabe disso. -corri até ele e o abracei- O que houve?

Fechei a porta.

Carol: A Taís foi até a minha casa.
Chris: O que ela fez agora?
Carol: Ela levou uma faca.
Chris: O que? Ela te machucou? -se exaltou
Carol: Não. Ela quase cortou meu braço e meu pescoço, mas não me machucou. Quer dizer, tirando o fato que ela me amarrou na cadeira pelas mãos e pés...
Chris: O que ela queria com você? -deitei no colo dele
Carol: Disse que eu tinha que fazer de tudo para você voltar a ser amigo dela, se não, iria me matar.
Chris: Ela não teria coragem!...
Carol: Chris, ela tá pior do que nunca! O olhos dela estavam enormes, o rosto dela me dava medo. Ela está completamente louca. Ela estava como um drogado, sabe? -levantei, o abracei e voltei a chorar relembrando de tudo
Chris: Calma, já tá tudo bem! Ela não vai te fazer nada. Eu vou voltar a ser amigo dela... Não se preocupa, eu vou te proteger! -abracei ele forte- Mas, se ela descobrir que me contou, não vai querer... -parou de falar
Carol: Ela disse que valia tudo. Se vale tudo, eu posso te contar. E essa era minha única chance! Você iria achar que eu estou louca se pedisse para ser amigo dela.
Chris: Tem razão!
Carol: Amor, você pode dormir comigo lá em casa?
Chris: Você pode dormir aqui...
Carol: Não quero deixar minha mãe sozinha lá, depois do que aconteceu...
Chris: Claro! Vou falar com a minha mãe e durmo com você lá, então.
Carol: Obrigada. -dei vários selinhos nele- Pensei que nunca mais fosse ver você. Pensei que nunca mais fosse ver ninguém! Quando ela tirou a faca da bolsa, já estava até pensando na minha morte. Pensando em vocês vendo meu caixão.
Chris: Não fala isso, amor! -segurou meu queixo- Eu não vou deixar nada acontecer a você! Nada! -me beijou- Eu te amo!
Carol: Eu também te amo muito, Chris! -abracei ele e afundei minha cabeça no seu pescoço

Alguém bateu na porta.

Caitlin: Posso abrir? -sequei minhas lágrimas
Carol: Pode, linda.
Caitlin: Carol, você já pode fazer minhas unhas agora? -sorri
Carol: Claro que sim. Vai lá pegar o esmalte e todo material, que eu faço.
Caitlin: Tá.
Carol: Já vou descer. -ela saiu- Então Chris, vamos pintar as unhas da sua irmã? -ri
Chris: Isso é coisa sua. Não tenho nada a ver com isso não... -riu

Segurei a mão dele e descemos as escadas juntos.

Caitlin: Trouxe tudo! -sorriu
Carol: Obrigada. Agora senta aí na mesa. -sorri

Chris POV: 

Fui procurar minha mãe.

Chris: Mãe, -ela olhou pra mim- eu posso ir dormir na casa da Carol hoje?
Sandi: Por que?
Chris: Porque eu quero ter a companhia dela... -menti
Sandi: E por que ela não pode dormir aqui?
Chris: Porque ela dormiu aqui ontem.
Sandi: Tá. Você pode dormir lá.
Chris: Obrigado! -abracei ela e dei um beijo em sua bochecha

Voltei para a sala e a Carol estava lá pintando as unhas da Caitlin.

Chris: Acabou? -sentei ao lado dela e coloquei meu braço na sua cintura
Carol: Quase. -ela colocou a perna sobre a minha
Caitlin: Vocês estão se pegando discretamente? -rimos- Que é? Colocando mão na cintura, uma perna em cima da outra... Tô vendo ein... -rimos ainda mais
Chris: Não estamos "nos pegando discretamente". Só gosto de ficar perto da Carol. -dei um selinho nela
Caitlin: Eca! Parem com isso!
Carol: Você acha nojento agora. Mas quando fizer uns 12 anos, já vai estar querendo fazer o mesmo...

Carol POV: 

Chris: Ou aos 10, como eu. -bati nele e ri
Carol: Para com isso, garanhão! -sorri, ele me agarrou e me deu um beijo
Caitlin: Se ficar borrado, quem vai ter que fazer minhas unhas é você ein, Chris! E vai ter que ficar direito!
Chris: Tá, parei.
Carol: Não precisa. Já acabei. -sorri- Vê se gostou...
Caitlin: Ai Carol, obrigada. Tá lindo! -me abraçou
Chris: Essa é a minha função!
Carol: Que função, Chris?
Chris: Te abraçar, ué.
Caitlin: Ciumento, ciumento, ciumento. -começou a cantarolar e eu a ajudei


--- 4 comentários! ---


Próximo capítulo...... tenso. kkk

4 comentários:

  1. KKKKK, esse Chris viu... Próximo cap. tenso? Argh! Porque você faz isso, esse suspense todo? HAHA' adoro, Continua! <3'

    ResponderExcluir
  2. HAHHAHAHAHAHAHA Perfeitoo como sempreeee !
    Cooontinuua !

    ResponderExcluir
  3. Raiva da tais genti. Enfim. Uh, o proximo é tenso, muahah :B

    ResponderExcluir