quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Um amor inesperado. - Capítulo 19


Mal a deixei terminei de explicar para onde eu deveria ir e já fui andando. Estava desesperada. Precisava tomar banho, precisa tirar a nojeira daquele homem de mim. Não podia estar acontecendo isso comigo. Eu fui estuprada. Comecei a chorar...

Carol: Mãe! –abri a porta da minha casa e lá estava ela
Mãe: O que houve, minha filha? –perguntou com uma expressão triste
Carol: Um homem colocou um pano na minha boca e eu desmaiei. –sentei no sofá, dobrei a pernas e encostei a cabeça nos joelhos
Mãe: O que ele te fez? –derramava lágrimas junto comigo
Carol: Acordei amarrada na cama, mãe. Não conseguia sair de lá. Tentei, mas não dava. –fiz uma pausa para chorar- Ele me estuprou, mãe! Me estuprou!

Agora sim, desabei. E minha mãe, junto comigo. Queria voltar no tempo. Queria não ter oferecido para ir na padaria. Queria ter ido dormir, qualquer coisa. Minha mãe me abraçou e pediu para q a Rafa pegasse um copo d’água pra mim. Quando ela voltou, com o copo cheio nas mãos, pude ver que também estava chorando.

Rafa: Carol, o Chris ligou pra cá preocupado. Perguntando se você já tinha voltado...
Carol: Não! Não deixa ele vir aqui! Por favor! Olha o meu estado. Não quero que ele saiba! Não quero contar a ele.
Mãe: Filha, depois a gente pensa nisso. Agora eu preciso te fazer uma pergunta...
Carol: Tá,faça. –ela passou a mão no meu rosto, secando minhas lágrimas
Mãe: Você viu se ele colocou camisinha?
Carol: Sim. Pelo menos isso aquele idiota fez.
Mãe: Graças a Deus! E onde ele está? Como você fugiu?
Carol: Eu fiz um golpe que aprendi nele, para desmaiar. E aí, fugi.
Mãe: Ok. Agora quero outra coisa. Vá tomar banho, dormir. Você tem que descansar.
Carol: Ok.
Rafa: Eu vou pegar uma roupa pra você e arrumar sua cama.
Carol: Obrigada. –tentei sorrir, mas não conseguia

Entrei no chuveiro e deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, fazendo-me relaxar um pouco. Depois, terminei o banho e fui deitar.

Rafa: Você vai ficar bem, ok linda? –sorriu e me deu um beijo na bochecha- Agora durma. –e colocou o edredom em mim

[...]

Acordei no dia seguinte ainda pensando no que havia acontecido, porém menos. Ouvi uma discussão.

Chris: Rafaela, eu só quero vê-la. Por que não posso? –gritou da sala e eu abri um pouco a porta para ouvir
Rafa: Chris, entenda! Ela não quer agora. Quer dizer, não é que ela não queira te ver, é só que ela precisa de um tempo sozinha, precisa descansar. E tem mais, ela ainda tá dormindo. Volta mais tarde. Ou melhor, volta amanhã. Ela vai estar bem melhor e vocês conversam.
Chris: Ela está doente?
Rafa: Não, Chris.
Chris: Então o que ela tem? ... –pausa- Posso pelo menos abrir a porta para vê-la? Só ver. Prometo que nem entro no quarto.
Rafa: Ok.

Terminei de ouvir a conversa e fui correndo deitar na cama, para fingir que ainda dormia. Fechei os olhos, porém não completamente, para que pudesse ver um pouco. E vi. Ele abriu a porta, mandou um beijo no ar e fechou a mesma. Meu coração batia forte. Queria levantar correndo para abraçá-lo, mas ainda não tinha forças o bastante para isso. Levantei da cama quando ouvi a porta bater e fui pra sala. Estava morrendo de fome.

Rafa: Você tá acordada? O Chris... –cortei-a
Carol: Eu sei, eu ouvi. Mas não quero falar com ele. Amanhã eu falo, quando ele voltar.
Rafa: É bom mesmo. Ele tava desesperado. Que amor... –ri

E sim, eu ri junto com ela. Me senti melhor depois disso.

Rafa: Uma risada... Bom te ver assim de novo. Quer comer o que?
Carol: O de sempre.
Rafa: Ok, senta aí que eu vou fazer.

Ouvi a campainha.

Mãe: Filha? –gritou do lado de fora do apartamento e eu suspirei aliviada

Abri a porta e ela me abraçou logo quando me viu.

Mãe: Como você está?
Carol: Melhor...
Rafa: Tá mesmo. Deu até uma risadinha agora. –sorriu
Mãe: Que bom! Eu trouxe algumas coisas para incrementar o café da manhã de vocês...
Carol: A Rafa tá fazendo algumas coisas...
Rafa: Não tem problema. Manda pra cá que eu arranjo mais coisa pra você comer. Tá precisando, tá magrela demais!

Sentei à mesa e fiquei conversando com a minha mãe enquanto a Rafa preparava tudo. Quando ela terminou, colocou as coisas na mesa e começamos a comer [lê-se: atacar] as comidas.

Carol: Mãe, não vai comer?
Mãe: Eu já comi. E, você sabe que eu como pouco de manhã...
Rafa: Ah, só mais uma coisinha. Modéstia a parte, tá muito bom! ...
Mãe: Ok, vou comer um pouquinho com vocês.

Passamos a tarde como se estivéssemos no salão de beleza. Minha mãe teve que ir embora logo no começo, mas me diverti muito com a Rafa. Fizemos cabelo, unhas, tudo, uma da outra. Diferente do que eu pensei, o dia foi ótimo. Achei que fosse passar o dia todo na cama, mas com a Rafa morando comigo, é meio difícil...

Carol: Rafa, você saiu de novo com o Felipe? –disse deitando na cama dela enquanto ela arrumava o armário
Rafa: Não. Acho que ele não gostou muito de mim.
Carol: Tá brincando, né? Ele é fascinado por você. Completamente!
Rafa: Carol, não muda de assunto. A gente tá falando do Felipe, não do Christian... –rimos
Carol: Eu tô falando sério. Ele sempre fala de você quando encontra comigo. Pergunta como você está, se está aproveitando as férias...
Rafa: Então por que ele simplesmente não me liga?
Carol: Porque ele é o garoto mais tímido do mundo?! –ri- Se gosta dele, por que não toma a iniciativa então? Liga pra ele, marca um encontro...
Rafa: Quer saber, vou fazer isso. E pensar numa roupa também, porque eu não tenho nenhuma. –parou e ficou olhando pro armário
Carol: Não tem nenhuma? Olha a quantidade de roupa que você tem garota! Deve ter roupa aí de quando você tinha 10 anos. Tá um ninho isso. Você não tá precisando arrumar o armário, tá precisando doar as roupas velhas. –tiro uma blusa do armário dela- Isso é uma blusa ou um top? Lembro de você com isso quando era bem mais nova...
Rafa: Tem razão, tenho que me desfazer dessas coisas. Mas e se eu tiver uma filha?
Carol: Rafa, até lá a moda já mudou faz muito tempo! Ela vai olhar para as nossas fotos e nos achar super bregas. Isso é fato!
Rafa: Então, faz um favor?
Carol: Claro.
Rafa: Me ajuda a ver as roupas velhas e as que não cabem mais em mim?
Carol: Claro.
Rafa: Sabe falar outra coisa sem ser “claro”?
Carol: Sim? –rimos

Começamos e tirar todas as roupas do armário da Rafa e jogar no chão. Isso, no chão. Decidimos que assim seria mais fácil de decidir o que é o que. E depois, colocaríamos as roupas pra lavar, ou não. Nossa casa não é suja assim, né...

Rafa: O que você acha dessa calça? –colocou na frente do corpo
Carol: Desculpa, mas odeio calças ‘boca de sino’... Sou muito mais uma skinny!
Rafa: Diz que você não colocou a minha outra calça ‘boca de sino’ pra doar. Pelo amor de Deus!
Carol: Talvez sim, talvez não... –sorri
Rafa: Carol! –gritou comigo
Carol: Calma, não coloquei. Tá ali em cima da cama.
Rafa: Obrigada! –me abraçou

Passamos mais algumas horas fazendo isso e depois deitamos no sofá, exaustas.

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Gente, desculpa por demorar a postar. Estou em semana de provas, tenho três provas por dia. É muito exaustivo e acabo ficando com pouco tempo pro computador. Mas tá aí. Obrigada pela paciência. Só espero que não tenham me abandonado....

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Um amor inesperado. - Capítulo 18


Acordei e estava com os braços e pernas abertos e amarrados numa cama. Não reconhecia aquele lugar. Não fazia ideia de onde estava. A janela estava entreaberta então tentei dar uma olhada no lado de fora para ver se ajudava a descobrir minha localização.

XxXx: Olá, docinho. –disse um homem muito estranho

Ele viu que eu estava olhando a janela e fechou-a, fazendo com que eu perdesse minha chance de descobrir onde estava. Comecei a me mexer, morrendo de medo do que ele poderia fazer comigo.

Carol: O que você quer?
XxXx: Simples. Quero te matar.
Carol: Matar? Por quê?
XxXx: Idiota. Não quero te matar. Quero manter você aqui e comer você, é claro. Cada dia um pouco. Ou melhor, todos os dias muitas vezes. O que acha?

O homem estava com uma aparência muito suja, mas apesar disto, parecia ter minha idade. Ou um pouco mais velho. Estava todo suado e suas roupas estavam sujas e fedendo.

Carol: Por favor, não chega perto de mim. Eu te dou outra coisa! –estava chorando
XxXx: Eu não quero que você me dê outra coisa. Quero que você me dê sua vagina.
Carol: Não! Por favor, eu imploro!
XxXx: Isso, assim que eu gosto. Implorando por sexo.
Carol: Eu te pago. Não faz nada comigo.

Tentei soltar meu braço movimentando-o, porém a corda estava muito bem amarrada e não obtive sucesso.

Carol: Eu sei que você não se importa muito com isso, mas essas cordas estão realmente apertadas. Estão prendendo minha circulação. Você não quer comer uma pessoa morta, né? –a corda estava realmente me machucando, então tentei achar argumentos que fizessem ele soltar um pouco

E ele o fez. Afrochou um pouco a corda, porém ainda não conseguiria me soltar.

XxXx: Está pronta para o sexo? –ouvi uma música

Graças a Deus, o celular dele tocou. Ele saiu do quarto e fechou a porta. Não conseguia sair dali, então me mexi um pouco para saber se meu celular ainda estava no meu bolso e assim, tentar pensar em um jeito de sair daqui.

XxXx: Voltei, docinho. –abriu a porta

Ele passou a língua nos lábios tentando ser “sexy”, porém não obteve resultado. Só achei ele mais feio, mais fedido e mais nojento.

Carol: Prefiro morrer a transar com você!
XxXx: Não tem problema. Se quer morrer, te mato depois de te comer.
Carol: Não!

Ele subiu na cama, sentou nesta e começou a passar as mãos nas minhas pernas, dando alguns apertões.

XxXx: Docinho, não fique nervosa. Aposto que vai ser o melhor sexo da sua vida. Aposto que serei melhor que o seu namoradinho.
Carol: Que namorado? Josh? Não namoro mais ele.
XxXx: Josh? Não conheço nenhum Josh. Estou falando do Christian.
Carol: Da onde você o conhece?
XxXx: Pelo visto ele não te conta muito da vida dele, né?

Uma pausa foi feita. Ele ficou me encarando.

XxXx: Quando acabarmos, eu te conto. Se quiser, é claro. Agora, vamos para a parte boa!

Ele começou a abaixar o meu short, me deixando de calcinha.

XxXx: Será que vai aguentar meu poder?
Carol: Essa foi a frase mais podre que já ouvi... –me arrependi de ter dito isso logo em seguida
XxXx: Cala a sua boca! -ele tirou um martelo do bolso.- Se não temos um revólver ou uma faca, vamos de martelo mesmo...

Tirou minha blusa e começou a acariciar meus seios. Fechei os olhos, pois não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo comigo. Não estava suportando vê-lo sentado em cima de mim. Estava morrendo de nojo. E principalmente, estava morrendo de medo.

XxXx: Docinho, olha pra cá. Já estou ficando nu. –continuei com os olhos fechados- Abre a porra desses olhos! –acabei abrindo, com medo do que ele poderia fazer comigo se não abrisse

Tirou meu sutiã e começou a apalpar os meus seios e a apertá-los.

Carol: Poderia ser mais devagar? Ninguém pode conseguir sentir prazer assim... A pessoa sente dor, isso sim. –estava doendo muito

Ele os apertou mais devagar.  Foi deslizando suas mãos pelo meu corpo até encostar na minha calcinha. Chegando nesta, arrancou-a rapidamente.

Carol: Por favor...
XxXx: Para de implorar garota. Não vai adiantar. –o mesmo celular tocou de novo- Será que eu não posso ter um pouco de paz?

Ele saiu novamente do quarto, me deixando ali totalmente nua. Quando ele voltou, já havia tirado o resto da roupa que faltava e tive a visão do inferno na frente dos meus olhos.

XxXx: Pronta, docinho?
Carol: Que tal parar com essa coisa de “docinho”? –pensei

Fechei os olhos e ele me penetrou. Não teve nem o cuidado de ir devagar. Mais um pouco e ele alcançava minha garganta de tanta força que fez.

XxXx: Uma delícia, não é?

Não respondi. Continuei com os olhos fechados rezando para que aquele pesadelo acabasse logo. Queria sair logo dali, mas do jeito que ele falou, parece que isso não irá acontecer tão cedo.

Carol: Que tal se você soltar minhas mãos para eu te acariciar? Não estou conseguindo nem aproveitar tudo isso. –menti para tentar soltar minhas mãos um pouco
XxXx: Sabia que ia acabar gostando disso aqui docinho.

Ele soltou minhas mãos, porém minhas pernas ainda estavam presas. Comecei a passar as mãos nas suas costas e arranhar esta. Ele começou a dar uns gemidos e estava com vontade de vomitar, de verdade. Nunca presenciei nada tão nojento...
Sabia que não iria ter coragem de bater o martelo na cabeça dele, apesar do que ele fez. Então apertei o nervo do seu pescoço, fazendo-o desmaiar. Dei graças a Deus por minha mãe ter me obrigado a fazer aulas marciais quando era pequena.
Desamarrei-me da cama e peguei o meu celular, que ainda estava no meu bolso, para ligar para alguém. Coloquei o celular no viva-voz para amarrar o estuprador na cama enquanto ninguém atendia. Rafa atendeu.

Rafa: Alô?
Carol: Rafa! Graças a Deus!
Rafa: Onde você tá? Tá todo mundo preocupado!
Carol: Fica quieta. Um estuprador me sequestrou. Me ajuda!
Rafa: Ele tá aonde?
Carol: Tá desmaiado. O problema é que eu não sei onde eu estou.
Rafa: Sai daí de dentro e procura por alguma pessoa...

Fiz o que ela disse. Deixei o estuprador amarrado e saí do lugar que ele tinha me prendido para procurei por alguém. Andei por alguns metros e encontrei uma mulher.

Carol: Onde eu estou? Como faço para ir para casa?

A mulher olhou pra mim e achou que eu estava maluca, é claro, já que não disse onde morava. Expliquei a ela mais ou menos onde era minha casa e ela me explicou como fazia para chegar lá.

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Modéstia à parte, gostei bastante desse capítulo. E vocês? [=

domingo, 12 de agosto de 2012

Um amor inesperado. - Capítulo 17


[...]

Acordei e o Chris ainda estava dormindo abraçado a mim.



Levantei tentando fazer o mínimo de barulho possível para fazer o café da manhã.

Chris: Bom dia. –disse baixinho com uma voz meio rouca
Carol: Bom dia! –dei um selinho nele- Desculpa. Eu juro que tentei não te acordar...
Chris: Não tem problema. Tá indo aonde?
Carol: Fazer o café da manhã, né.
Chris: Ah não.
Carol: Como assim “ah não”?
Chris: Fica aqui comigo.
Carol: Chris, eu juro que já volto. Tô morrendo de fome.

Comecei a andar para ir até a cozinha, mas ele pegou o meu braço e me puxou até a cama, me fazendo deitar nesta. Ele me abraçou e começou a me beijar. Beijava meu pescoço e meus lábios. O clima começou a ficar cada vez mais quente. Os beijos foram ficando mais rápidos e ele começou a levantar a minha blusa.

Carol: Chris.
Chris: Desculpa.
Carol: Vou fazer o café da manhã. –levantei e fui em direção à cozinha
Chris: Tá brava comigo? –disse entrando na cozinha
Carol: Não. Claro que não. É só que eu não quero isso ainda.
Chris: Eu sei. Eu fui idiota. Burro.
Carol: Não, você não foi nada disso. –segurei o rosto dele e dei um selinho
Chris: Faz isso de novo? –sorriu
Carol: Não. –ri e ele me agarrou por trás
Chris: Quer ajuda?
Carol: Sim. Pega o leite na geladeira.
Rafa: Então você vai morar aqui? –entrou na cozinha
Carol: Bom dia pra você também. -ri
Rafa: Gostaria que respondessem a mina pergunta...
Chris: Não. Pelo menos por enquanto, não.
Rafa: Tá fazendo o que aqui então?
Carol: Ele veio consertar a tv. –fui irônica- Burra.
Rafa: Nossa, que apelido lindo... –riu- E sim, já entendi. Vão fazer café pra mim?
Carol: Pode ser.

Terminamos de fazer o café da manhã e colocamos tudo na mesa. Começamos a comer e a Rafa não parava de falar sobre como seria legal o Chris morar com a gente. Não discordava dela. Mas pra mim, quando o casal fica longe, (Não que eu e o Chris sejamos um casal. Ainda não) é tudo mais fofo. Aquela coisa de sentir saudade, sabe? Se o Chris morar com a gente, não vai ter nada disso. A gente vai ser ver quando acordar, quando for sair, quando for dormir, tomar banho, etc.

Chris: Rafa, eu acho que morar aqui não é uma boa ideia. –comemorei por dentro
Rafa: Por que, Chris?
Chris: Simples. Saudade.
Carol: Isso! Ele pensava a mesma coisa que eu. –comemorei por dentro novamente
Rafa: Ok então.
Chris: Então, eu vou ter que ir embora. Combinei com a minha mãe de cortar a grama do jardim. Pois é, pode acreditar. –rimos

Ele levantou da cadeira, me deu um selinho e se despediu da Rafa.

Carol: Espera! Têm umas coisas suas lá no quarto.
Chris: Tem? Eu já peguei tanta coisa...

Quando entramos no meu quarto, eu o puxei para perto de fim e comecei a beijá-lo.

Carol: Esperto... –ri e voltei a beijá-lo

Paramos o beijo em selinhos.

Chris: Sério, eu tenho que ir...
Carol: Tá né. –dei um selinho nele e ele foi andando em direção à porta
Chris: Tchau, Rafa. –e saiu
Rafa: Acabou o pão? –gritou da cozinha
Carol: Sim... Quer que eu saia pra comprar? Porque eu quero queijo também...
Rafa: Então tá. –sorriu

Peguei minhas coisas e saí para ir à padaria.

XxXx: Onde fica a loja de materiais de construção? Tem uma nessa rua, né?

Comecei a explicar a ele e sem eu perceber, tirou um pano do bolso e colocou no meu rosto. Desmaiei.

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EU SEI, essa capítulo ficou pequeno. Podem me xingar. É que eu quis parar na parte tensa. haha Sou má. 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um amor inesperado - Capítulo 16


Acordei com um barulho na porta. Quando eu era criança, dois ladrões entraram na minha casa com facas na mão. Eles colocaram a faca perto de mim e ficaram ameaçando me matar, caso minha mãe não entregasse as coisas valiosas a eles. Desde aquele dia, fiquei traumatizada então fui correndo na cozinha pegar uma vassoura e fiquei esperando a pessoa entrar.

Rafa: O que é isso, Carol?
Carol: Você disse que ia chegar amanhã! Achei que fosse um ladrão, sei lá.
Rafa: É que como todo mundo foi embora e a gente não tem falado com o Josh direito, resolvemos voltar.
Carol: Felipe te deixou aqui?
Rafa: É. Disse pra ele que depois ligava, pra fazer alguma coisa. Tava dormindo?
Carol: É, eu tava.
Rafa: Desculpa. Você ligou pro Chris, ou vice versa?
Carol: Eu fui dormir. Não aguentava mais arrumar as coisas e pensar no que eu tinha dito.
Rafa: Arrumar que coisas? –disse entrando no meu quarto e vendo tudo bagunçado
Carol: Eu parei de arrumar pra dormir, poxa. –rimos- Acha que ele vai ligar?
Rafa: Acho que você deveria ir a casa dele, mas só amanhã.
Carol: Vou voltar a dormir então.
Rafa: Ok, eu vou ARRUMAR minhas coisas. –deu ênfase no “arrumar” me fazendo rir

Deitei na cama de novo e rapidamente dormi.

[...]

Quando acordei, já era outro dia. Peguei o meu celular que estava na mesa do lado da minha cama e eram 8 horas. Levantei da cama e coloquei uma roupa para caminhar na praia. Precisava fazer um exercício. Troquei de roupa, peguei meu iPod e saí.


Quando estava voltando pra casa, encontrei o Chris.

Carol: Chris. –segurei a mão dele- A gente pode conversar?
Chris: Ahn, pode. Agora?
Carol: Não, acho melhor eu tomar um banho e a gente almoça juntos, ok?
Chris: Eu não posso, vou almoçar com a minha mãe.
Carol: Ah. Então a gente pode se encontrar depois do almoço?
Chris: Tá. Quando eu sair da casa da minha mãe, passo na sua casa e te pego.
Carol: Ok. –sorri e ele sorriu de volta
Carol: Rafa? –gritei quando entrei- Acordou?
Rafa: Se não tivesse acordado, com o seu grito acordaria...
Carol: Desculpa, só queria saber se tava em casa.
Rafa: Boa caminhada?
Carol: Uhun. Encontrei o Chris.
Rafa: E aí?
Carol: Perguntei se podia almoçar com ele, pra gente conversar...
Rafa: Ah! Que bom.
Carol: Ele disse que não. Disse que vai almoçar com a mãe.
Rafa: Ai. –riu
Carol: Ele falou que passa aqui quando sair de lá.
Rafa: Pelo menos vão conversar. Mesmo depois do toco! –riu
Carol: Que engraçadinha...
Rafa: Vou sair com o Felipe. “O espetacular homem-aranha.” Quer ver?
Carol: Já vi, lembra?
Rafa: Ah, é. Tô indo, beijos.

Fui tomar um banho e me arrumar pra sair com o Chris. Não fazia ideia de que roupa colocar, não sabia onde exatamente a gente iria conversar. Resolvi colocar uma roupa simples, porém arrumada.


Sentei no sofá e esperei a hora passar, porém ela fazia exatamente o oposto. Liguei a TV para ver o que estava passando, mas me lembrei que a gente não tinha instalado TV a cabo ainda. E na TV, nada de bom passava. Fiquei cheia de tédio.

Meu celular tocou.

Carol: Ai, finalmente!
Chris: Que?
Carol: Nada. Desculpa. –ri
Chris: Tá... Enfim, tô aqui embaixo.
Carol: Ok, tô descendo.

Dei uma olhadinha pela última vez no espelho e desci. Cheguei lá embaixo e ele estava esperando dentro do carro que ele tinha ganhado dos pais.

Carol: Tudo bem? –era melhor do que ficar em silêncio
Chris: Tudo e você?
Carol: Tô bem. Como foi o almoço?
Chris: Ah, bom. Normal. Tirando o fato de que minha mãe brigou comigo por causa da Júlia...
Carol: Da Júlia?
Chris: Acredita que a Júlia ligou pra ela? Ela achou que eu estivesse namorando a Júlia, mas eu expliquei que não era nada disso.
Carol: Mas vocês brigaram? Ou ela só brigou com você?
Chris: Ela só disse que não queria que eu namorasse a Júlia. Ela sabe da fama dela...
Carol: Chris, me diz quem não sabe da fama da Júlia?!
Chris: Verdade. Nem sei como eu tive coragem de “namorar” ela.
Carol: Não foi culpa sua... –foi por minha causa, é
Chris: Desculpa por ter sido meio grosso com você hoje cedo.
Carol: Grosso? Por quê?
Chris: Ah, eu disse que não podia almoçar com você, mas não falei de um jeito legal. Desculpa.
Carol: Não tem problema. –ri e dei um beijo na bochecha dele

Sim, eu dei um beijo na bochecha dele. Não consegui me controlar. Quando vi, já estava com a mão no cabelo dele e dando um beijo nele.

Chris: Errr, o que você vai querer fazer?
Carol: Você que sabe. –sorri
Chris: A gente pode ir ao Starbucks?
Carol: Claro! Tem bastante tempo que eu não vou lá.

Fomos até lá. Quando chegamos, compramos nossos respectivos cafés e sentamos em uma mesa. 5 minutos se passaram e ninguém falava nada. Até que eu cortei o silêncio.

Carol: Chris, desculpa por ontem. Eu sei que eu falei besteira...
Chris: Não. Eu que estava errado. Eu só queria ser o primeiro, então fiquei com raiva pelo fato de não ter conseguido. Tudo por causa daquela noite. A noite em que eu estraguei tudo...
Carol: Chris, você não estragou tudo. Nós estamos aqui conversando, não estamos?
Chris: Não é assim que eu queria que nós estivéssemos. Sabe disso...
Carol: Chris...
Chris: Eu sei, é cedo. Já entendi.

Não pude aguentar ver o Chris triste daquele jeito. Cheguei perto dele, segurei seu pescoço e o beijei. Beijei e não pude acreditar que estava sentindo de novo o gosto de seus lábios. Lábios que eu nunca deveria ter deixado para trás. Nunca deveria ter trocado o Chris pelo Josh. Até porque, eu tinha acabado de conhecer o Josh. Já o Chris, conhecia há tanto tempo... Sabia que podia cofiar nele.

Carol: Impulso. –disse quando parei de beijá-lo
Chris: O impulso pode voltar? –sorriu
Carol: Já voltou. –voltamos a nos beijar

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Não são fofos????? Simmmmmmm!


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Um amor inesperado. - Capítulo 15


Ele me ajudou a levar minhas malas até o apartamento.

Chris: Pode me dizer o porquê de tantas malas?
Carol: Ah, Chris! É coisa de mulher, ué. Mulher prevenida.
Chris: Prevenida? Pra quantos anos? –riu
Carol: Sem graça. –sorri
Chris: O que você acha da gente ver um filme de comédia?
Carol: Acho uma ótima ideia! –sorri
Chris: Eu sempre ando prevenido, então tenho esse aqui comigo. –ele tirou o DVD de “As Branquelas” da mochila.

(Caso alguém não conheça o filme, mas acho difícil: http://www.youtube.com/watch?v=cjnmsoJavj0)

Carol: Mentira! Eu amo esse filme.
Chris: Eu sei, foi você quem me mostrou. E agora eu adoro também. Quer ver? –sorriu

Aquele sorriso de matar, de novo.

Carol: Ahnn, não sei... –fiz suspense- Claro que quero! –rimos

Ele colocou o filme.

Carol: Ah, espera. Vou fazer pipoca.
Chris: Quer ajuda?
Carol: Chris, é só pipoca. Não sou um desastre tão grande assim.
Chris: Não foi isso que eu quis dizer... –tentou se explicar
Carol: Eu sei que não. Eu tô brincando. –ri
Chris: Vou pegar o refrigerante então.
Carol: Ok.

Fomos pra cozinha e coloquei a pipoca no microondas.

Chris: Já tá pronto? –gritou da sala
Carol: Calma apressado, são 3 minutos, lembra?
Chris: Tá demorando muito! –nessa hora o microondas apitou, avisando que a pipoca estava pronta- Finalmente!

Voltei pra sala com a pipoca na mão.

Carol: Chris, você tá com fome ou só com pressa mesmo? Tem alguma coisa pra fazer hoje?
Chris: Tenho.
Carol: Ah, se quiser, pode ir embora então. Se for importante...
Chris: Tenho que passar o dia com você, te fazer sorrir. Porque eu não gosto de te ver triste, do jeito que você estava na viagem...

Eu o abracei. Aquilo era a coisa mais fofa e real que já tinham me dito. E dava para ver nos olhos dele, que tudo que ele dizia era verdadeiro. Esse é o bom do Chris, ele não é de ficar mentira ou contando vantagem...

Chris: Aqui seu Guaraná. –ele me entregou o copo
Carol: Posso colocar play?
Chris: Tô esperando há um tempão... –sorri e apertei o play

Quando o filme começou, estávamos um em cada ponta do sofá. E quando percebi, conforme o filme passava, nós ficávamos mais perto um do outro, até que eu deitei minha cabeça no ombro dele e ele me abraçou. E foi assim que ficamos até o filme acabar. Juntos e rindo, sem parar.

Carol: Chris, você terminou com a Júlia? -disse quando o filme terminou
Chris: Como assim “terminou”? Eu nem tava namorando a Júlia.
Carol: Parecia do jeito que ela contava sobre vocês...
Chris: Na verdade, ela me fez prometer não falar pra ninguém sobre isso, mas pra você eu falo. –awnnn- 
No dia seguinte da nossa briga, eu acordei a Júlia estava na minha cama. Eu achei que tivesse transado com ela, então ela disse que se eu “namorasse” com ela, não te contaria nada. E como eu queria ficar ao seu lado... Queria não, eu quero.

Ele foi chegando perto de mim, para me beijar.

Carol: Chris... –virei o rosto- Agora não, por favor. Eu sei que você não tem nada a ver com isso, mas o Josh me magoou muito e eu tinha transado com ele na noite anterior... –ele me cortou
Chris: VOCÊ FEZ O QUE? –gritou espantado
Carol: Ai, meu Deus! Eu falei besteira. Chris, finge que você nunca escutou isso... Na verdade, eu falei que eu tinha cantado com ele na noite anterior... Chris, esquece o que eu falei antes, por favor.
Chris: Carol, eu sei que o Josh te magoou, mas você é a pessoa que eu amo. A pessoa que eu quero ao meu lado durante toda a minha vida. Não é simples esquecer uma coisa dessas. Eu achei que naquela época, a gente fosse namorar. Achei que eu pudesse ser o primeiro, mas pelo visto cheguei tarde. Agora sim, vou me arrepender muito mais do que tinha feito. Porque aquele canalha que foi o seu primeiro e não eu... –segurei minhas lágrimas para não chorar- Carol, eu vou pra casa, tá? Eu sei que eu disse que ia passar o dia com você aqui... Desculpa. –e foi embora

EU SOU A PESSOA MAIS IDIOTA DESSE MUNDO! Desse mundo não! Desse universo! Meu Deus, como eu pude falar uma coisa dessas pro Chris? Ele tava sendo tão fofo comigo, tão perfeito... Sim, ele tentou me beijar, mas ele me entende. Entende que agora não dá. E eu vou e faço uma coisa dessas? Nossa, fui destinada a ficar sozinha. Não é possível! Por que não consigo fazer as coisas direito? Como pude esquecer que era com o Chris que eu estava falando, e não com a Rafa. Deus, eu deixo você me punir por isso.

Tentei pensar em alguma coisa para esquecer a besteira que eu tinha feito e fui tirar minhas roupas da mala e colocar as coisas sujas para lavar.

Carol: Rafa? –disse quando ela atendeu- Já cheguei.
Rafa: Cadê o Chris?
Carol: Foi pra casa.
Rafa: Ele não ia ficar aí?
Carol: Ele tava aqui. A gente viu um filme de comédia juntos, para me animar. Juntos, literalmente... E aí eu falei uma besteira e ele foi embora.
Rafa: Ele tentou te beijar e você não quis. Não é?
Carol: Ele tentou, mas eu virei o rosto e ele entendeu. O problema foi quando eu tava dizendo porque eu não quero ficar com ele agora.
Rafa: O que você fez, Carolina?
Carol: Eu falei para ele que eu tinha transado com o Josh.
Rafa: Que? Mas me disseram que você brigou com ele. Ele mesmo disse.
Carol: Eu briguei, mas antes de eu pegar ele beijando a namorada de MAIS DE UM ANO, eu transei com ele. Na noite anterior.
Rafa: E eu que ia transar, né? Enfim, como você pôde falar isso com o Chris?
Carol: É exatamente no que eu tô pensando desde a hora em que eu falei isso. Ele disse que queria ser o primeiro, e por causa do que ele fez, estragou tudo. RAFA, EU SÓ ESTRAGO A MINHA VIDA. E a dos outros, também. O que eu vou fazer?
Rafa: Calma, Carol. Ele não vai deixar de gostar de você porque você não perdeu a virgindade com ele... Só tem que deixá-lo descansar um pouco. Até porque, você acabaram de voltar de viagem, né.
Carol: É, você tem razão.
Rafa: Vai descansar também.
Carol: Eu vou. Beijo.
Rafa: Beijo. Amanhã eu volto, ok? –e desligou

Parei de arrumar minha coisas no armário e deixei tudo do jeito que estava. Fui deitar na cama. Dormir um pouco, descansar. Precisa tirar essas coisas da minha cabeça de algum jeito. E o único jeito que veio à minha cabeça, era dormindo. Deitei na cama e só conseguia pensar em tudo que ele havia me dito e na merda que eu tinha feito.


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