Acordei com um barulho na porta. Quando eu era criança, dois
ladrões entraram na minha casa com facas na mão. Eles colocaram a faca perto de
mim e ficaram ameaçando me matar, caso minha mãe não entregasse as coisas
valiosas a eles. Desde aquele dia, fiquei traumatizada então fui correndo na
cozinha pegar uma vassoura e fiquei esperando a pessoa entrar.
Rafa: O que é isso, Carol?
Carol: Você disse que ia chegar amanhã! Achei que fosse um
ladrão, sei lá.
Rafa: É que como todo mundo foi embora e a gente não tem
falado com o Josh direito, resolvemos voltar.
Carol: Felipe te deixou aqui?
Rafa: É. Disse pra ele que depois ligava, pra fazer alguma
coisa. Tava dormindo?
Carol: É, eu tava.
Rafa: Desculpa. Você ligou pro Chris, ou vice versa?
Carol: Eu fui dormir. Não aguentava mais arrumar as coisas e
pensar no que eu tinha dito.
Rafa: Arrumar que coisas? –disse entrando no meu quarto e
vendo tudo bagunçado
Carol: Eu parei de arrumar pra dormir, poxa. –rimos- Acha
que ele vai ligar?
Rafa: Acho que você deveria ir a casa dele, mas só amanhã.
Carol: Vou voltar a dormir então.
Rafa: Ok, eu vou ARRUMAR minhas coisas. –deu ênfase no
“arrumar” me fazendo rir
Deitei na cama de novo e rapidamente dormi.
[...]
Quando acordei, já era outro dia. Peguei o meu celular que estava
na mesa do lado da minha cama e eram 8 horas. Levantei da cama e coloquei uma
roupa para caminhar na praia. Precisava fazer um exercício. Troquei de roupa,
peguei meu iPod e saí.
Quando estava voltando pra casa, encontrei o Chris.
Carol: Chris. –segurei a mão dele- A gente pode conversar?
Chris: Ahn, pode. Agora?
Carol: Não, acho melhor eu tomar um banho e a gente almoça
juntos, ok?
Chris: Eu não posso, vou almoçar com a minha mãe.
Carol: Ah. Então a gente pode se encontrar depois do almoço?
Chris: Tá. Quando eu sair da casa da minha mãe, passo na sua
casa e te pego.
Carol: Ok. –sorri e ele sorriu de volta
Carol: Rafa? –gritei quando entrei- Acordou?
Rafa: Se não tivesse acordado, com o seu grito acordaria...
Carol: Desculpa, só queria saber se tava em casa.
Rafa: Boa caminhada?
Carol: Uhun. Encontrei o Chris.
Rafa: E aí?
Carol: Perguntei se podia almoçar com ele, pra gente
conversar...
Rafa: Ah! Que bom.
Carol: Ele disse que não. Disse que vai almoçar com a mãe.
Rafa: Ai. –riu
Carol: Ele falou que passa aqui quando sair de lá.
Rafa: Pelo menos vão conversar. Mesmo depois do toco! –riu
Carol: Que engraçadinha...
Rafa: Vou sair com o Felipe. “O espetacular homem-aranha.”
Quer ver?
Carol: Já vi, lembra?
Rafa: Ah, é. Tô indo, beijos.
Fui tomar um banho e me arrumar pra sair com o Chris. Não
fazia ideia de que roupa colocar, não sabia onde exatamente a gente iria
conversar. Resolvi colocar uma roupa simples, porém arrumada.
Sentei no sofá e esperei a hora passar, porém ela fazia
exatamente o oposto. Liguei a TV para ver o que estava passando, mas me lembrei
que a gente não tinha instalado TV a cabo ainda. E na TV, nada de bom passava.
Fiquei cheia de tédio.
Meu celular tocou.
Carol: Ai, finalmente!
Chris: Que?
Carol: Nada. Desculpa. –ri
Chris: Tá... Enfim, tô aqui embaixo.
Carol: Ok, tô descendo.
Dei uma olhadinha pela última vez no espelho e desci.
Cheguei lá embaixo e ele estava esperando dentro do carro que ele tinha ganhado
dos pais.
Carol: Tudo bem? –era melhor do que ficar em silêncio
Chris: Tudo e você?
Carol: Tô bem. Como foi o almoço?
Chris: Ah, bom. Normal. Tirando o fato de que minha mãe
brigou comigo por causa da Júlia...
Carol: Da Júlia?
Chris: Acredita que a Júlia ligou pra ela? Ela achou que eu
estivesse namorando a Júlia, mas eu expliquei que não era nada disso.
Carol: Mas vocês brigaram? Ou ela só brigou com você?
Chris: Ela só disse que não queria que eu namorasse a Júlia.
Ela sabe da fama dela...
Carol: Chris, me diz quem não sabe da fama da Júlia?!
Chris: Verdade. Nem sei como eu tive coragem de “namorar”
ela.
Carol: Não foi culpa sua... –foi por minha causa, é
Chris: Desculpa por ter sido meio grosso com você hoje cedo.
Carol: Grosso? Por quê?
Chris: Ah, eu disse que não podia almoçar com você, mas não
falei de um jeito legal. Desculpa.
Carol: Não tem problema. –ri e dei um beijo na bochecha dele
Sim, eu dei um beijo na bochecha dele. Não consegui me
controlar. Quando vi, já estava com a mão no cabelo dele e dando um beijo nele.
Chris: Errr, o que você vai querer fazer?
Carol: Você que sabe. –sorri
Chris: A gente pode ir ao Starbucks?
Carol: Claro! Tem bastante tempo que eu não vou lá.
Fomos até lá. Quando chegamos, compramos nossos respectivos
cafés e sentamos em uma mesa. 5 minutos se passaram e ninguém falava nada. Até
que eu cortei o silêncio.
Carol: Chris, desculpa por ontem. Eu sei que eu falei
besteira...
Chris: Não. Eu que estava errado. Eu só queria ser o
primeiro, então fiquei com raiva pelo fato de não ter conseguido. Tudo por
causa daquela noite. A noite em que eu estraguei tudo...
Carol: Chris, você não estragou tudo. Nós estamos aqui
conversando, não estamos?
Chris: Não é assim que eu queria que nós estivéssemos. Sabe
disso...
Carol: Chris...
Chris: Eu sei, é cedo. Já entendi.
Não pude aguentar ver o Chris triste daquele jeito. Cheguei
perto dele, segurei seu pescoço e o beijei. Beijei e não pude acreditar que
estava sentindo de novo o gosto de seus lábios. Lábios que eu nunca deveria ter
deixado para trás. Nunca deveria ter trocado o Chris pelo Josh. Até porque, eu
tinha acabado de conhecer o Josh. Já o Chris, conhecia há tanto tempo... Sabia
que podia cofiar nele.
Carol: Impulso. –disse quando parei de beijá-lo
Chris: O impulso pode voltar? –sorriu
Carol: Já voltou. –voltamos a nos beijar
Não são fofos????? Simmmmmmm!
OOOOOOOOOOOOOWWWWWNTTTTT, que lindos cara sz
ResponderExcluirAdorei a parte do impulso shuahuahsa
Continuaaaaa!
Ameei Ameei Ameei Como S-E-M-P-R-E diva *--*
ResponderExcluirAaaaaawn *-* Mó inveja (e ciúmes) da Carol agora ><´Demais , continua! :)
ResponderExcluir